sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Teste de vedação.

https://youtu.be/jIy9WERR4Os

Como calcular carga de oxigênio de cilindro.

https://youtu.be/QesP8P4HSOw

Inscrições para uso correto equipamento de respiração autônomo.

https://youtu.be/tnRXFw3sNoA

Instrução de uso equipamento de respiração autônomo.

https://youtu.be/O0-Tp56iddM

Demonstração acoplagem máscara e cilindro.

https://youtu.be/BafSL0ujmYk

Como fixar a máscara corretamente

https://youtu.be/5fjVNQSMoU4

Filtros e máscaras uso correto.

https://youtu.be/QyJF1qgnaXw

Filtros e máscaras qual é a diferença?

https://youtu.be/rpkSCbsw4T8

Posturas no dia a dia

https://youtu.be/K9gvwMNeiAA

Um dia sem riscos

https://youtu.be/_DEmtz7TU6o

Familia POST HURA

https://youtu.be/4njQLNZEW_8

Máscara de proteção respirátoria - Descartáveis e reutilizáveis - EPI

Napo

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Risco e Perigo - Qual a diferença?

Diferença entre risco e perigo

Como Utilizar o Medidor de Stress Térmico - IBUTG - Macetes que Precisa ...

Construindo Segurança & Saúde - CBIC

Segurança no Trabalho - Choque Elétrico

Segurança no Trabalho - Soterramento

Segurança no Trabalho - Quedas

Exemplo dos Agentes de Risco

Ergonomia no Trabalho

sábado, 27 de abril de 2019

Cães de terminais, ter ou não ter, eis a questão!


Outro dia estava eu na plataforma esperando o ligeirão, quando presenciei uma cena corriqueira em terminais de ônibus em Curitiba, um rapaz andando apressadamente, quase correndo, para pegar uma condução que estava sinalizando saída, dois cães ao avistarem esta pessoa em movimentos que possivelmente aludiam alguma ameaça aos mesmos, investiram contra a mesma, fazendo com que este usuário parasse imediatamente, estático e sem reação o rapaz além de perder a condução ficou à mercê de cães, que o cercaram e latindo incessantemente causaram pavor ao mesmo, impressão notadamente observada por pessoas, que sem reação diante do fato, transitavam no local.
É absurdamente confuso a permissividade de setores que gerenciam terminais de ônibus em Curitiba e região metropolitana e não atentam ao fato de que cães estão se abrigando nos mesmos, ou que sejam abrigados por outros nestes espaços físicos destinados a circulação de pessoas e, que estes locais públicos estão na responsabilidade de uma gestão municipal e provavelmente de um consórcio de empresas do setor.
Mesmo sabendo que todo e qualquer animal por instinto é territorialista, princípio este característico de sobrevivência natural das espécies e que devido a esta peculiaridade, podem ocorrer ataques destes cães aos usuários nestes espaços públicos.
Com esta anuência, mitigação ou o simples ato de ignorar uma atitude pontual, a administração municipal permite e contribui para este crescimento populacional especifico, em que matilhas estão se alojando nestes logradouros públicos, volto a frisar, onde o transito de usuários do sistema de transporte coletivo é constante.
Sendo estes animais territorialistas quando os mesmos se sentirem supostamente ameaçados pela movimentação desenfreada e rotineira destes usuários, é óbvio que sob estresse, devido a estes fatores pontuais eles avançarão em pessoas que se utilizam de terminais de ônibus, para se locomovem ao trabalho, residência, lazer e por ai vai.
Estes cães alocados em terminais de ônibus, estão expostos a fatores externos, fatores predominantes que desestabilizam o quadro comportamental dos mesmos a curto, médio e longo prazo, fazendo com que estes tornem-se agressivos subitamente, incorrendo em ataques as pessoas que transitam nestes locais.
Não existe uma única causa para a agressividade desenvolvidas pelos cães, ela sempre é multifatorial, e esta é uma reação em cadeia que proporciona o surgimento de um outra reação em cadeia que veremos adiante, relacionados a condição especifica dos mesmos, dividindo espaço físicos com pessoas.
O comportamento dos cães sofre influência significativa de fatores como genética, idade, sociabilização, aprendizagem, ambiente, estado de saúde e até condição reprodutiva, vale frisar que fatores fisiológicos e ambientais tais como: dominância e possessão, medo, dor, territorialismo, distúrbios hormonais, solidão, privação de água ou de alimento, maus tratos, proteção materna, entre outros, são relevantes no desenvolvimento comportamental dos cães.
Isso significa que mesmo um cão de temperamento dócil, aparentemente, em seu dia a dia pode se tornar agressivo, necessita para isso que ele esteja com algum problema de saúde.
Dentre os fatores citados acima, eu penso que um é predominante nesta relação e está diretamente interligado aos sons e ruídos constantes e peculiares ao ambiente que o cão escolheu como seu habitat, onde o barulho constante de motores, buzinas vozerios diversificados, em diferentes níveis de distribuição e propagação sonora desenvolve nestes animais uma fobia crescente que eleva os níveis de estresse no cão, devido a sua audição sensível, já que o cachorro tem uma percepção auditiva superior a do homem em quatro vezes mais, ou seja, a audição canina analisa a altura, a intensidade, a tonalidade do som correspondente e o local da fonte sonora, já a altura deste tom depende do número de vibrações das ondas sonoras e, quanto maior for a freqüência, mais alto é o tom, ou seja, alguns sons para nós ao nível de ação de 86dB(a) é aceitável, para um cão torna-se algo “castigante”.
O homem é capaz de perceber ondas sonoras na freqüência de aproximadamente 16 a 20.000 hertz (ciclos por segundo). Já os cães são capazes de ouvir vibrações sonoras aproximadamente nos limites de 10 a 40.000 hertz, essa sensibilidade auditiva mais o fator agravante de que o cão está exposto aos sons além do aceitável, propicia o adoecimento paulatino do mesmo.
Os cães possuem uma capacidade auditiva diferente do ser humano, desta forma instala-se um quadro de fobia que pode, inclusive, resultar em um quadro sintomático de ansiedade, tremores, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), vocalização excessiva (chorar, ladrar, latir) e até mesmo óbito em casos extremos.
A audição dos cães é bem superior à humana. Um cão consegue escutar um som 4 vezes mais longe que uma pessoa. Além disso, ele pode detectar a origem do som em apenas 6 centésimos de segundo, ou seja, 0,06 segundo.
Os cães detectam sons em frequências menores e maiores, em comparação a captação de sons que os seres humanos detectam, assim sendo, o intervalo da frequência do som que eles captam é bem maior que a do homem, com isso, é possível usar apitos ultrassônicos para comunicar-se com o cão, sem que a pessoa escute.
Concomitante a este, o sistema olfativo dos cães é milhares de vezes mais sensível do que o sistema olfativo dos seres humanos, o nariz de um cão tem duzentos milhões de receptores olfativos nasais, cada receptor detecta e identifica as moléculas de odor (cheiros) que estão constantemente voando pelo ar e impregnado em objetos.
Os cães têm cerca de 25 vezes mais receptores olfativos do que os seres humanos. Os cães podem sentir odores em concentrações quase 100 milhões de vezes menor do que os seres humanos, podendo detectar uma gota de sangue em cinco litros de água!
Espirros, incômodo e o ato de esfregar o nariz no chão podem ser sinais de cheiros desagradáveis ou irritantes para o cão. Assim desinfetantes, cheiros de tintas, solventes, vernizes, e outros, podem irritar o senso olfativo de um cão, levando-o a apresentar quadros de náusea e vômitos.
Outro fator prejudicial e agravante ao quadro destes cães é o fato dos mesmos inalarem constantemente os odores de combustíveis e seus derivados, gás carbônico devido a combustão dos mesmos, frituras, perfumes e demais odores proeminentes e concentrados nestes espaços físicos, colocando os mesmos em vulnerabilidade constante, portanto é absolutamente correto afirmar que o nível de estresse destes animais sofre alterações diuturnas.
Estes cães especificamente relatando, são alimentados por pessoas com conceitos diferentes relacionados ao trato com animais, algumas pessoas os  alimentam com rações, outras com alimentos comprados em estabelecimentos localizados nos terminais e algumas trazem de casa sobras de alimentos, mas o chocante é saber que estes restos de alimentos, que ficam depositados em recipientes colocados em  pontos estratégicos destes terminais, servem de alimentação para pombos no período diurno e ratos no período noturno.
Os pombos que estão também se proliferando em terminais, são potencialmente transmissores da Criptococose que é a principal doença transmitida pelos pombos, esta doença contamina as pessoas através da inalação de fungos que estão presentes nas fezes destas aves, ela ataca os pulmões e pode chegar também ao sistema nervoso central, ocasionando sintomas como dor de cabeça, sonolência e febre, estas mesmas aves podem eventualmente transmitir a ornitose conhecida também como psitacose, trata-se de uma infecção que pode ser transmitida pela inalação de bactérias das fezes secas ou da manipulação de penas das aves infectadas.
No período noturno, os ratos também se alimentam destes “restos’ de alimentos deixados para que os cães se alimentassem durante o período diurno.
Os ratos podem transmitir cerca de 30 doenças, entre as mais comuns estão a leptospirose, as hantaviroses e a peste. A leptospirose é causada pela bactéria leptospira, transmitida ao homem pela urina de ratos, ratazanas e camundongos.
Percebe-se ai uma predisposição, onde ocorre um ciclo de contaminação, ou seja, aquela alimentação disponibilizada aos cães que residem nos terminais, serve também como alimentação aos pombos  e aos ratos, que são transmissores de doenças especificas, e que quando em contato com os alimentos colocados em recipientes, por meio da salivação, esfregaço de patas e manipulação de asas, depositam bactérias destas doenças mencionadas nestes mesmos alimentos, que  podem servir de alimento aos cães no dia seguinte ou até mesmo durante a madrugada.
Estas ações no mínimo desmedidas de pessoas, de alimentar cães em terminais de ônibus, caracteriza-se em um ciclo com um potencial infectante e infeccioso, que contamina espécies que tornam-se portadores e transmissores simultâneos e dentre elas os seres humanos.
Agregado a esta cadeia de fatores analise e acrescente a estes riscos as condições de vulnerabilidade em que os cães estabelecidos em terminais se encontram, sim porque eles estão abandonados em terminais e os “cuidados” que porventura recebem esporadicamente de setores e órgãos competentes provavelmente não os condiciona a um estilo de vida saudável.
Agora eu pergunto, diante deste quadro lastimável de possíveis agravos para a saúde destes envolvidos; caso um desses cães ataquem um idoso, um adolescente, uma criança e a agressão cause lesões, infecções e contaminações com agravantes posteriores, quem será responsabilizado civil e administrativamente?
O que estou questionando é exatamente o papel protagonista dos agentes públicos e medidas de preservação e segurança aos cidadãos em geral, e vou além, existe porventura estudos, analises e controle com base na infectologia, destes agentes nocivos para a saúde das pessoas; programas de controle em relação a população de cães, pombos e ratos, vivendo em terminais de ônibus, controle e vigilância de zoonoses dos mesmos.
Os sintomas da leishmaniose visceral canina são diversos. Entre os sinais externos, são bem características as lesões, descamação e coloração branca prateada na pele. Nas patas, pode ocorrer infecção (pododermatite), pele grosseira por excesso de produção da queratina (hiperqueratose dos coxins) e unhas espessas e em formato de garras (onicogrifose).
Os cachorros podem transmitir diversas doenças para as pessoas, já que se encontram em contato direto e frequente com bactérias, vírus e parasitas que podem ser encontrados no chão, no ambiente e em alimentos mal acondicionados e depositados em locais impróprios.
É importante que os cachorros tenham um acompanhamento periódico de veterinários e sejam desparasitados também de forma regular para evitar a infecção e transmissão para as pessoas.
A micose é uma doença causada por fungos e que pode ser transmitida pelo contato direto com o pelo do animal infectado, causando mancha avermelhada na pele e intensa coceira.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que pode ser encontrada na urina ou fezes de animais, como cães, gatos e cachorros, por exemplo. A leptospirose é uma doença grave e pode ser percebida por meio do aparecimento de alguns sintomas, como por exemplo dor de cabeça, dor nas pernas, dor no corpo e comprometimento do fígado.
A doença de Lyme é causada pela mordida do carrapato que pode estar presente em animais domésticos, principalmente em cachorros, resultando em coceira intensa no local da mordida e aparecimento de mancha avermelhada ou esbranquiçada no local.
A larva migrans corresponde à presença de larvas no organismo que penetram na pele e causam sintomas diversos de acordo com a sua localização, alguns cachorros apresentam infecção por espécies de Ancylostoma ou Toxocara, sem que haja qualquer sintoma. Como resultado dessa infecção, há liberação de ovos nas fezes e no ambiente ocorre a saída da larva, que pode penetrar a pele e causar feridas em forma de caminho, febre, dor abdominal, tosse e dificuldade para enxergar.
A raiva humana é uma doença transmitida por vírus que podem estar presentes na saliva dos cachorros, sendo transmitida para as pessoas por meio das mordidas, a raiva humana é caracterizada pelo comprometimento do sistema nervoso, gerando espasmos musculares e salivação intensa no animal.
A Capnocytophaga canimorsus é uma bactéria que pode ser encontrada na boca de alguns cachorros e ser transmitida para as pessoas através da saliva do cachorro, seja por meio de lambidas ou mordidas, esse tipo de infecção é rara, no entanto pode resultar em febre, vômitos, diarreia, aparecimento de bolhas ao redor da ferida ou do local da lambida e dores musculares e nas articulações.
Portanto a maneira correta de oferecer aos cães uma condição de vida digna, não é condicioná-los aos terminais de ônibus, mas sim oferecer uma qualidade de vida realmente saudável, é desenvolver um programa de atenção a saúde do cachorro construindo abrigos dignos, com uma infraestrutura condizentes a sua realidade canina, um espaço amplo onde os mesmos possam desenvolver suas atividades peculiares e simples em seu dia a dia, tais como; correr, brincar, roer, escavar, cheirar, nadar, pular, comer, beber, dormir, e por ai vai, onde os mesmos poderão coabitar com os demais da espécie, interagir e se sociabilizar.
Enquanto setores responsáveis e sociedade agirem desta maneira no trato com cães, apenas e tão somente, estarão colocando panos quentes, tapando o sol com a peneira para um fato emergente, ou seja uma população especifica e emergente que pode perder suas características e ser um agente propagador de problemas de ordem social, devido ao comprometimento biofisiológico e comportamental da espécie canina.